quinta-feira, 10 de novembro de 2016

100 livros infantis com meninas negras


Este é um projeto do blog A mãe preta que busca trazer visibilidade para as meninas negras na literatura infantil.



  1. 100/100 A cor da ternura

    Autora: Geni Guimarães
    Ilustradora: Saritah Barboza
    Editora: FTD
    Esse livro encantador de Geni Guimarães é composto de vários contos que narraram episódios da vida da própria autora. São histórias lindas e contadas de um jeito tão meigo e terno que é impossível não se envolver e se emocionar. As histórias vão desde o fim da amamentação prolongada da Geni menina com a chegada de um irmão mais novo até uma experiência marcante da Geni professora diante da sua primeira turma de alunos. 
    A cor da ternura é uma obra espetacular e, mesmo sendo classificada como infantojuvenil, ela é uma deliciosa leitura para adultos. 
  2. 099/100 As cores do mundo de LúciaAutor: Jorge Fernando dos Santos
Ilustradora: Denise Nascimento
Editora: Paulus
Nesse livro, Lúcia é uma menina de sete ou oito anos, muito inteligente e que adora brincar. Alegre e carinhosa com os pais e os avós,...

    099/100 As cores do mundo de Lúcia

    Autor: Jorge Fernando dos Santos
    Ilustradora: Denise Nascimento
    Editora: Paulus
    Nesse livro, Lúcia é uma menina de sete ou oito anos, muito inteligente e que adora brincar. Alegre e carinhosa com os pais e os avós, ela não pode enxergar, pois sofre de cegueira congênita. No entanto, descobre uma maneira divertida de perceber as cores no mundo a sua volta. Ela sabe usar como ninguém a audição, o olfato, o paladar e o tato, sentidos aguçados que lhe permitem perceber o mundo de uma maneira diferente.
    O livro é muito poético e fala da cegueira de uma maneira muito natural. Um excelente material para falar sobre deficiência e também de exercitar novas formas de perceber o mundo. 
  3. 098/100 Mariana CatibiribanaAutora: Nena de Castro
Ilustrador: Siderlino Santiago
Nessa historinha leve e divertida, Mariana descobre o prazer de brincar com as palavras e construir novos significados. Com trava-línguas e muito ritmo, esse livro é...

    098/100 Mariana Catibiribana

    Autora: Nena de Castro
    Ilustrador: Siderlino Santiago
    Nessa historinha leve e divertida, Mariana descobre o prazer de brincar com as palavras e construir novos significados. Com trava-línguas e muito ritmo, esse livro é uma ótima opção para ser trabalho em escola e para contações de histórias.
    Um livro que, a partir da fantasia, estimula a leitura. Muito lindo e muito legal para o público infantil em geral. 
  4. 097/100 Lindas Águas: o mundo da menina rainha
Autor: Érico Brás
Ilustrador: Brunno Túllio
Editora: Uirapuru
Menina Princesa vive uma vida comum no Bairro da Liberdade com sua mãe, Dona Jurema, até que tudo se transforma com o seu inesperado mergulho...

    097/100 Lindas Águas: o mundo da menina rainha

    Autor: Érico Brás
    Ilustrador: Brunno Túllio
    Editora: Uirapuru
    Menina Princesa vive uma vida comum no Bairro da Liberdade com sua mãe, Dona Jurema, até que tudo se transforma com o seu inesperado mergulho no Rio de Ouro. Muitas surpresas e novidades se encontram no fundo desse rio. Assim, Menina Rainha aprende valores que fazem dela uma criança preparada para o nosso mundo. Navegar entre decisões e saber ser diferente fazem dela uma Rainha. E, quem nasce para ser rainha, precisa aprender a se transformar.
    Uma forma bem bonita e poética de falar sobre ancestralidade e sobre os elementos da religiosidade de matriz africana.

  5. 096/100 Quando eu digo digo digoAutora: Lenice Gomes
Ilustrador: André Neves
Editora: Paulinas
Um livro não linear, com adivinhas, provérbios, trava-linguas, cantigas e poesias. Desconectando frases e reinventando ditos populares, a autora diverte e...

    096/100 Quando eu digo digo digo

    Autora: Lenice Gomes
    Ilustrador: André Neves
    Editora: Paulinas
    Um livro não linear, com adivinhas, provérbios, trava-linguas, cantigas e poesias.  Desconectando frases e reinventando ditos populares, a autora diverte e se diverte. O jogo de esconde-esconde segue com adivinhas que não trazem respostas prontas, e ficam suspensas no ar, seguras apenas pelas reações do leitor…
    Para ser lido em voz alta e companhia, esse livro pode render uma diversão gostosa principalmente se as crianças já tiverem algum conhecimento desses ditos populares e brincadeiras.
  6. 095/100 Aya de Yopougon 2Autora:Marguerite Abouet
Ilustrador: Clemente Oubrerie
Editora: LPM
Neste segundo volume, as amigas Aya, Adjoua e Bintou continuam suas aventuras na Costa do Marfim. Adjoua, uma das melhores amigas de Aya, engravidou por...

    095/100 Aya de Yopougon 2

    Autora:Marguerite Abouet
    Ilustrador: Clemente Oubrerie
    Editora: LPM



    Neste segundo volume, as amigas Aya, Adjoua e Bintou continuam suas aventuras  na Costa do Marfim. Adjoua, uma das melhores amigas de Aya, engravidou por descuido e deu à luz seu primeiro filho – que, no entanto, não se parece nem um pouco com o suposto pai: Moussa, o riquinho. A família de Moussa quer provas de que o bebê tem o seu sangue, e Adjoua se vê sozinha para cuidar de Bobby. Já Bintou se apaixonou perdidamente por um parisiense que está de férias na Costa do Marfim, e não tem mais tempo para as amigas. E uma visita inesperada vira de cabeça para baixo a vida de Ignace, o pai de Aya. Não bastasse tudo isso, uma ideia domina a cabeça das moças do bairro: se preparar para o concurso de beleza Miss Yopougon.

    Temas atuais, linguagem dinâmica, ilustrações maravilhosas. Aya de Yopougon 2 é uma excelente leitura para jovens.


  7. 094/100 Afra e os três lobos-guarásAutora: Maria Cristina Agostinho de Andrade
Ilustrador: Ronaldo Simões Coelho
Editora: Mazza
Este é mais um livro de releitura de contos clássicos infantis. Neste livro, os autores contam a história que ficou...

    094/100 Afra e os três lobos-guarás

    Autora: Maria Cristina Agostinho de Andrade
    Ilustrador: Ronaldo Simões Coelho
    Editora: Mazza
    Este é mais um livro de releitura de contos clássicos infantis. Neste livro, os autores contam a história que ficou conhecida como “Cachinhos Dourados” ambientando-a em um contexto bem brasileiro, e substituindo os ursos da versão inicial por lobos-guarás. Uma forma de lançar um novo olhar para as histórias clássicas e aproximá-las da nossa realidade.

  8. 093/100 NikkêAutor: Édimo de Almeida Pereira
Ilustrador: Angelo Abu
Editora: Mazza Edições
Em Nikkè, os elementos terra e céu se encontram, inaugurando um diálogo que aponta para caminhos de esperança e transformação. Fios de cabelo puxam e amarram a...

    093/100 Nikkê

    Autor: Édimo de Almeida Pereira
    Ilustrador: Angelo Abu
    Editora: Mazza Edições
    Em Nikkè, os elementos terra e céu se encontram, inaugurando um diálogo que aponta para caminhos de esperança e transformação. Fios de cabelo puxam e amarram a trama, dando consistência ao sonho, unindo a terra ao céu, o inalcançável ao imprescindível, entrelaçando-se para mobilizarem o encontro entre as diferenças e criarem uma aliança capaz de transformar um cenário de fome em seu oposto: a abundância.

  9. 092/100 Eu não sou coelho, não!Autora: Valéria Belém
Ilustradora: Adriana Mendonça
Editora: Companhia Editora Nacional
A menina pretinha da vez é Gisele, uma menina que fala pelos cotovelos! Um dia, porém, ela decide ser diferente - fica caladinha,...

    092/100  Eu não sou coelho, não!

    Autora: Valéria Belém
    Ilustradora: Adriana Mendonça
    Editora: Companhia Editora Nacional
    A menina pretinha da vez é Gisele, uma menina que fala pelos cotovelos! Um dia, porém, ela decide ser diferente - fica caladinha, quietinha.E então aprende que cada um é do seu jeito.E não tem por que mudar!
    Um livro bacana para ser lido junto com a criança, ou para leitores em processo. Também rende uma bela peça teatral com as crianças. 

10 Livros infantis para Trabalhar Questões Raciais na Escola




Com o intuito de fortalecer o debate sobre alguns temas que constituem verdadeiros dilemas para professores, mães e pais diante das discriminações e intolerância, tal como falta de informação sobre as questões raciais, elaboramos esta lista com 10 sugestões de livros infanto-juvenis.

Podem ser compartilhados tanto na educação infantil e no ensino fundamental, e é claro, em casa, por que ainda acreditamos que é lá o berço da educação.

10 – Todas as cores do negro. Texto e ilustrações de Arlene Holanda. Brasília/DF: Conhecimento, 2008.


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Aborda em linguagem de prosa poética o universo da cultura e herança dos povos africanos no Brasil. Passeia pelo processo histórico da escravidão, com foco na resistência e se demora no período pós-abolição: as condições de abandono a que foram submetidos os negros, as estratégias de sobrevivência, o preconceito, a segregação social.

9 – A Cor da vida. Texto de Semíramis Paterno. Belo Horizonte/MG: Editora Lê, 2008.

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É um livro ilustrativo que trabalha a diferença ao contar a história de duas crianças que se conhecem e ficam amigos quando passeiam com suas mães. Elas se olham e brincam, se distanciando do local onde estavam. Quando as mães percebem o desaparecimento dos filhos, ficam enraivecidas e saem correndo em busca dos dois. Mas, uma surpresa as aguarda. Por meio de um jogo poético com as cores, duas crianças mostram para suas mães que a luta pela igualdade não significa apagar as diferenças.

8 – Obax. Texto e ilustrações de André Neves. Rio de Janeiro/RJ: Brinque-Book, 2010.



Quando o sol acorda nos céu das savanas, uma luz fina se espalha sobre a vegetação escura e rasteira. O dia aquece e é hora de descobrir muitas aventuras. OBAX percorre a savana africana com a sua imaginação. Ela conhece girafas e outros animais selvagens, mas o seu passatempo preferido é contar histórias! Algumas delas são tão incríveis que mais parecem um sonho. As ilustrações são excepcionais e o texto nos proporciona um passeio pela diversidade e pluralidade do continente africano.

7 – O livro das origens. Texto de José Arrabal e ilustrações de Andréa Vilela. São Paulo: Paulinas, Coleção Mito & magia.



Neste livro o autor apresenta uma série de mitos de algumas regiões do Brasil, África e México sobre origens. Permite-nos ver como o amazonense e o paraense, como o africano da África do Sul e de Uganda e, por fim, como os Astecas veem a vida. São várias culturas pensando o mundo de forma muito diversa.

6 – Bruna e a galinha d’Angola. Texto de Gercilga de Almeida e ilustração de Valéria Saraiva. Rio de Janeiro/RJ: Pallas, 2011.



A obra retrata o universo mítico africano representado pela Galinha d´Angola e sua relação com a criação do universo.

5 – A História do Rei Galanga. Texto de Geranilde Costa e ilustrações de Claudia Sales. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2011.



O livro trata da História do Rei Galanga, conhecido como Chico Rei, um rei africano que teve seu reinado invadido pelos portugueses e fora trazido com sua família e outras pessoas de seu grupo para o Brasil na condição de escravos. Além de contar a história do rei Galanga, o livro traz como objetivos o interesse de desmistificar a idéia da África como um continente sem história anterior à invasão portuguesa e a oportunidade de apresentar, por meio da existência dos Orixás junto ao Candomblé e a Umbanda, alguns princípios da cosmovisão africana, sendo portanto estes o grande diferencial do livro e seu caráter inédito com relação as demais publicações sobre Chico Rei.

4 – Ifá, o Adivinho. Texto de Reginaldo Prandi e ilustrações de Pedro Rafael. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2002.



O livro nos apresenta um rico conjunto de personagens, costumes e modos de agir do universo cultural africano que se tornou parte constitutiva da diversidade cultural brasileira. Conta a história de um adivinho chamado Ifá que jogava seus búzios mágicos e desvendava o destino das pessoas que o consultavam. Ele as ajudava a resolver todo tipo de problema, mas o que mais gostava de fazer era auxiliá-las a se defender da Morte. Um dia, a Morte, irritada com a intromissão de Ifá em seus negócios, decidiu acabar com ele. Ifá foi salvo da Morte pela intervenção de uma corajosa donzela chamada Euá, e pôde continuar seu trabalho de ler a sorte, predizer o futuro e proteger as pessoas da Morte.

3 – Minha mãe é negra sim! Texto de Patrícia Santana e ilustrações de Hyvanildo Leite. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2008



O livro “Minha mãe é negra sim!”, da autora Patrícia Santana, conta a história do menino Eno, que se vê às voltas com o racismo na escola e sofre com o dilema de ter que retratar sua mãe negra, em uma atividade escolar. O garoto Eno é levado a se perguntar pela sua origem. Negro, ele percebe o preconceito da professora que sugere que Eno pinte o desenho da mãe, negra, de amarelo por ser uma cor mais bonita. Não pode haver tristeza maior para o seu coração. A mãe, que ele tanto amava e era tão linda! E a professora era professora, afinal tão difícil era contestá-la. Mesmo triste Eno procura saber no dicionário uma explicação para o preconceito. O dicionário não ajudou e ele seguia triste até que o avô tem uma conversa decisiva com ele. E mais do que conversa, aconchegou-o com todo amor.

2 – Cada um com seu jeito, cada jeito é de um! Texto de Lucimar Rosa Dias e ilustrações de Sandra Beatriz Lavandeira. Editora Alvorada, 2012.



O livro infantil conta a história de Luanda, uma menina negra muito sapeca e vaidosa, que adora o seu cabelo crespo onde envolve tod@s da família nos diversos penteados que inventa para desfilar sempre linda na escola. Foi seu pai quem escolheu esse nome para ela por acreditar que ela seria tão linda quanto à cidade africana que ele conheceu quando era jovem. A leitura promove o reconhecimento e a valorização das diferenças e das características pessoais que fazem de cada indivíduo um ser único e que deve se amar do jeitinho que é.

1 – Menina bonita do laço de fita. Texto de Ana Maria Machado e Ilustraçõeso de Claudius. 7. ed. São Paulo: Ática, 2005.



Traz uma linda história de valorização da beleza negra, onde um coelho branquinho queria casar-se e ter uma filha “bem pretinha”. Durante a obra, o coelho tenta descobrir o segredo para conquistar o seu tão sonhado desejo, é um livro incrível, de uma sensibilidade sem igual.

Por: Redação (Nos2) 

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Bebês negros eram usados como iscas para caçar jacarés nos EUA

Durante a escravidão e até meados do século vinte, bebés negros foram usados como isca de jacaré no Norte e Centro da Florida nos Estados Unidos de América.
Os caçadores de jacarés roubavam os filhos quando as mães, muitas delas escravas estavam ocupadas com seus afazeres diários. Algumas seriam crianças de um ano de vida ou menos. Outras crianças eram roubadas à noite mediante ataques brutais contra seus pais, de seguida amarravam uma corda em volta do pescoço e ao redor de seu torso junto de uma árvore no pântano ou eixavam-nas em gaiolas como se fossem galinhas.
Como as crianças choravam e gritavam os jacarés apareciam rápido para devora-las, em questões de minutos os jacarés estavam sobre elas. O caçador que se mantinha distante não dava conta da presença do jacaré, já que a caça era realizada a noite, então somente quando o animal atacava a criança e tentava arrasta-la no pântano para devorar ou quando começava a come-la viva é que os caçadores conseguiam se aperceber da presença do mesmo através dos movimentos e esticar da corda. Somente nesta altura que eles partiam em direção ao bebe e matavam o animal.



Bebês negros eram usados como iscas para caçar jacarés
A revista Time, em 1923, relatou que os caçadores da cidade de Chipley, Flórida, praticavam tais atos, mas a cidade negou-o como “uma mentira boba, falsa e absurda.”

A prática tem sido documentada em pelo menos em três filmes: “Alligator Bait” (1900) e “O ‘Gator eo pickaninny” (1900). E a história de dois meninos negros que serviam de isca de jacaré foi contada em “Fúria Untamed” (1947).
Na verdade, o termo “isca de jacaré” era comum em todo o Sul dos estados unidos, pelo menos, da década de 1860 até ao ano de 1960 foi um insulto racial e uma ameaça que os brancos usavam para “domesticar” as crianças negras resilientes.
Mas na década de 1940 no Harlem, em New York “, isca de jacaré” aplicada aos negros de qualquer idade – particularmente aqueles que eram da Flórida.
Finalmente, em termos de iconografia, a partir de, pelo menos, a década de 1890 até os anos 1960, as crianças negras eram frequentemente retratado como isca de jacaré nos brinquedos para as crianças brancas, saboneteiras, escovas de dentes, cinzeiros e, especialmente, em cartões postais enviados através do correio dos EUA.


Whites Used Black Babies as Alligator Bait